terça-feira, 30 de setembro de 2014

Aula Inaugural na abertura do Curso de Especialização em Enfermagem Obstétrica da Rede Cegonha na UnB, a realizar-se no dia 1º de Outubro de 2014 às 10h, no auditório do Hospital Universitário de Brasília- HUB/ UnB.



A Secretaria Especial da Promoção da Igualdade Racial, CNPJ 16.854.222/0001-01,  estabelecida no Anexo do Palácio do Buriti 8º andar Ala Oeste Sala 815 CEP: 70075-900,  Brasília - DF, juntamente com a Faculdade de Ciências da Saúde - Departamento de Enfermagem da UnB,  UFMG, Rede Cegonha – Secretaria de Saúde – SES/DF  e Ministério da Saúde, convida vossa senhoria para Aula Inaugural na abertura do Curso de Especialização em Enfermagem Obstétrica da Rede Cegonha na UnB, a realizar-se no dia 1º de Outubro de 2014 às 10h, no auditório do Hospital Universitário de Brasília- HUB/ UnB. 

A realização de Curso de Especialização em Enfermagem Obstétrica (CEEO) atende à Estratégia Rede Cegonha e do Ministério da Saúde. Visa, além da melhoria da qualidade da assistência, o fortalecimento do trabalho no modelo colaborativo no âmbito da atenção obstétrica e neonatal, bem como a implementação da Rede Cegonha em todo o território nacional, considerando a necessidade de formação de enfermeiras (os) obstétricas (os) para atuarem, segundo as diretrizes da estratégia Rede Cegonha, alicerçada na Lei no 7.498, que regulamenta o exercício da enfermagem no país.

O curso visa possibilitar aos inscritos, profissionais da rede de saúde do Distrito Federal e Entorno selecionados para participar deste processo de formação, material para a reflexão de temáticas caras à sociedade, como gênero, raça/ etnia, bem como “assegurar as mulheres uma assistência humanizada e segura no planejamento reprodutivo, na gravidez e no nascimento”.

Para a execução deste objeto a Coordenação local do Curso de Especialização em Enfermagem Obstétrica (CEEO) da Rede Cegonha na UnB, tem o prazer de convidá-la a nos prestigiar com sua presença na Aula Inaugural do CEEO, como marco para  recepcionar as (os)  profissionais da rede de saúde do Distrito Federal e Entorno selecionados para participar deste processo de formação.

Para tanto, esta Aula Inaugural será realizada de forma dialógica e compartilhada com a participação da Dra. Esther Vilela, coordenadora nacional da Área Técnica da Saúde da Mulher e  da Rede Cegonha, da Profa. Dra. Kleyde Ventura, Coordenadora do projeto CEEO na UFMG, e com a Enfermeira Mônica Reis Iassanã, Coordenadora do Grupo Condutor Central da Rede Cegonha- SES-DF.

Para Saber Mais: 

Silvéria Santos
Professora Doutora da Universidade de Brasília 
Pesquisadora do Comitê Técnico de Saúde da População Negra - CTSPN/DF 
Fone: 31071771

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

II Seminário: Construindo uma educação para a igualdade racial, que será realizado nos dias 16 e 17 de setembro, das 9h ás 18h, na Escola de Aperfeiçoamento dos Profissionais ​da Educação - EAPE.


A iniciativa da Secretaria Especial da Promoção da Igualdade Racial (SEPIR-DF) em parceria com o Ministério da Saúde, Educação e as Secretarias de Saúde e Educação do Distrito Federal e Universidade de Brasília, tem como objetivo dar continuidade ao processo formativo do PSE e Plano Juventude Viva, que tem como ação prioritária o enfrentamento à violência contra jovens negros, contingente populacional que mais morre no país, entre 15 e 29 anos, em decorrência de causas externas.

PSE é um espaço privilegiado para as práticas de promoção da saúde e de prevenção de agravos e de doenças. Por meio do programa a comunidade escolar é orientada para enfrentar as vulnerabilidades que comprometem o pleno desenvolvimento de crianças, adolescentes, jovens e adultos. Nesta perspectiva o PSE em parceria com o Plano Juventude Viva, vem trabalhando no sentido de incentivar a efetiva implementação da Lei 10.639/2003, que institui nos currículos escolares o ensino da História da África e Cultura Afro-Brasileira, promovendo por meio do conhecimento a representação positiva da identidade negra, projeto de vida e autoestima.

 No primeiro semestre de 2014, foi realizado o I Seminário: Construindo uma educação para a igualdade racial, cujo objetivo do evento foi a capacitação de gestores, nesta segunda etapa, será priorizada qualificação de professores e profissionais da Atenção Básica que atuam no Programa Saúde na Escola.


Favor replicar o convite   Ficha de Inscrição 

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Estudo sobre violência policial revela "racismo institucional" na PM de SP; assista ao vídeo no UOL


"Dois em cada três jovens mortos são negros; 79% dos policiais envolvidos são brancos",
A pesquisadora Jacqueline Sinhoretto realizou um estudo entre 2009 e 2011 sobre a questão da violência policial x raça, cor, etnia. E o diagnóstico foi que os homens negros, sobretudo jovens, são as principais vítimas da violência policial no estado de São Paulo, segundo pesquisa do GEVAC (Grupo de Estudos sobre Violência e Administração de Conflitos) da UFSCar (Faculdade Federal de São Carlos). Lançada oficialmente no dia (02/04/2014), a análise sobre taxas de 100 mil habitantes indica que a mortalidade de negros é pelo menos três vezes maior que a de brancos. (a população negra no estado de São Paulo é de cerca de 30%).
Os dados e os recortes realizados neste estudo, indicam os caminhos que o nosso país tem que superar para acabar com  o Racismo Institucional, e enfrentar o genocídio contra a juventude negra. 


Para Saber Mais: Análise das vulnerabilidades da juventude negra do DF 

NEGRA ANGELA | conheça a história de Angela Yvonne Davis que esteve em Brasília em julho de 2014

“algo está errado”, quando, em um país onde a maioria da população é negra, a representatividade na TV e nos espaços de poder é branca (Angela Davis)

 
A escritora, ex-integrante do grupo Panteras Negras e do Partido Comunista dos Estados Unidos, Angela Davis, participou do Festival Latinidades em Brasília, e como desdobramento ela foi entrevista pela EBC (TV PÚBLICA) da melhor qualidade, enfim ela falou sobre o  sistema carcerário no mundo, denunciou o racismo institucional, além de fazer duras críticas sobre o papel desempenhado pela mídia. Assista e conheça as ideias da senhora Angela Davis, que desde 1970 Luta de forma decisiva contra o racismo e a xenofobia no mundo.

assista o documentário produzido pela EBC 
 

 
CONHEÇA A HISTÓRIA de  Angela Yvonne Davis (Fonte: wickipedia)
(Birmingham26 de janeiro de 1944) é uma  professora e filósofa socialista estado-unidense que alcançou notoriedade mundial na década de 1970 como integrante do Partido Comunista dos Estados Unidos, dos Panteras Negras, por sua militância pelos direitos das mulheres e contra a discriminação social e racial nos Estados Unidos e por ser personagem de um dos mais polêmicos e famosos julgamentos criminais da recente história americana.
Angela nasceu no estado do Alabama, um dos mais racistas do sul dos Estados Unidos e desde cedo conviveu com humilhações de cunho racial em sua cidade. Leitora voraz quando criança, aos 14 anos participou de um intercâmbio colegial que oferecia bolsas de estudo para estudantes negros sulistas em escolas integradas do norte do país, o que a levou a estudar no Greenwich Village, emNova Iorque, onde travou conhecimento com o comunismo e o socialismo teórico, sendo recrutada para uma organização comunista de jovens estudantes.
Na década de 1960, Angela tornou-se militante do partido e participante ativa dos movimentos negros e feministas que sacudiam a sociedade americana da época, primeiro como filiada da SNCC de Stokely Carmichael e depois de movimentos e organizações políticas como o Black Power e os Panteras Negras.

CRIME E CASTIGO
 
Em 18 de agosto de 1970, Angela Davis tornou-se a terceira mulher a integrar a Lista dos Dez Fugitivos Mais Procurados do FBI, ao ser acusada  de conspiraçãosequestro e homicídio, por causa de uma suposta ligação sua com uma tentativa de fuga dotribunal do Palácio de Justiça do Condado de Marin, em São Francisco.
Durante o verão daquele ano, Angela estava envolvida nos esforços dos Panteras Negras para conquistar a apoio da sociedade a três militantes presos, George Jackson, Fleeta Drumgo e John Clutchette, conhecidos como os “Irmãos Soledad”, por terem sido aprisionados na Prisão de Soledad, em Monterey.No dia 7 de agosto, Jonathan Jackson, o irmão de 17 anos de George, em companhia de dois outros rapazes, interrompeu de armas na mão um julgamento num tribunal na tentativa de ajudar a fuga do réu do caso que estava sendo julgado, o amigo James McClain, acusado de ter esfaqueado um policial. Jonathan e seus amigos se levantaram do meio da assistência na sala do júri e renderam todos no recinto, conduzindo o juiz, o promotor e vários jurados para uma van estacionada do lado de fora. Ao entrar na van, Jackson gritou que queria os “Irmãos Soledad soltos até o meio dia e meia em troca da vida dos reféns”.
No tiroteio que se seguiu com a perseguição policial ao grupo, Jonathan e um amigo foram mortos pela polícia, não sem antes matarem o juiz Harold Haley com um tiro na garganta e o promotor raptado ficou paralítico com um tiro da polícia. As investigações que se seguiram identificaram a arma de Jonathan como registrada em nome de Angela Davis.
  
MANIFESTAÇÕES

 
Com sua prisão decretada pelo estado da Califórnia e o FBI em seu encalço, Ângela fugiu do estado e desapareceu por dois meses, sendo alvo de uma das maiores caçadas humanas do país na época, acompanhada dia a dia pela mídia, até ser presa em Nova Iorque em outubro. O julgamento de dezoito meses que se seguiu, colocou uma mulher negra, jovem, bonita, culta e politizada, assessorada por uma equipe brilhante de advogados, no centro das atenções da imprensa americana num paralelo que só seria igualado décadas depois pelo julgamento de O.J. Simpson. Nos longos debates na corte, não apenas o caso criminal envolvido veio à tona, mas uma grande discussão sobre a condição negra na sociedade americana foi travada. Manifestações diárias por sua libertação e absolvição aconteciam do lado de fora do tribunal e por todo o país, transmitidos ao vivo pela televisão.
Dezoito meses após o início do julgamento, Angela foi inocentada de todas as acusações e libertada. John Lennon e Yoko Ono lançaram a música Angela em sua homenagem e os Rolling Stones gravaram Sweet Black Angel, cuja letra falava de seus problemas legais e pedia sua libertação.
 
CUBA 
Finalmente livre, Angela foi temporariamente para Cuba, seguindo os passos de seus amigos,os ativistas radicais Huey Newton e Stokely Carmichael. Sua recepção na ilha pelos negros cubanos num comício de massa foi tão entusiástico que ela mal pôde discursar. De acordo com Carlos Moore, um escritor bastante crítico das relações raciais na Cuba comunista, sua visita ao país causou grande impacto entre a população negra num tempo em que expressões de identidade racial eram bem raras em Cuba. Suas credenciais revolucionárias permitiram aos nativos se identificarem de público com seus pensamentos, sem medo de serem taxados de contra-revolucionários pelo governo cubano.
Para Saber Mais: 
LIVROS

PALAVRAS EXPLOSIVAS: ENTREVISTAS DA REVISTA THE PROGRESSIVE 
Em 'Palavras Explosivas', o jornalista David Barsamian reúne 21 entrevistas com grandes intelectuais da atualidade. Entre os entrevistados estão a ativista política Angela Davis; o intelectual Noam Chomsky; o economista vencedor do Prêmio Nobel Amartya Sen; o crítico de mídia Ben Bagdikian; o historiador Howard Zinn; o ator Danny Glover; o escritor Kurt Vonnegut; o defensor dos direitos dos consumidores Ralph Nader; o escritor e jornalista Eduardo Galeano; o pensador Edward Said e a ativista ecológica Vandana Shiva.