MÊS DA CONSCIÊNCIA NEGRA
20 DE NOVEMBRO DIA NACIONAL DA CONSCIÊNCIA NEGRA
Da escravidão de negras e negros, ergueu-se a riqueza, a propriedade privada e os meios de produção do Brasil Colônia até o Brasil Contemporâneo. As injustiças, violências e explorações sofridas, pela população negra brasileira, têm seus efeitos ecoando ainda hoje, e as pontuais vitórias na promoção da igualdade racial, ainda são tímidas, em vista da enorme desigualdade social, da violência e omissão do estado brasileiro. Por isso novembro é o mês simbólico para a reflexão.
127 anos após a abolição, o Brasil figura entre as grandes nações, sendo a sétima economia mundial. A população negra, contudo, continua em situação de desigualdade, ocupando as funções menos qualificadas no mercado de trabalho, sem acesso à habitação, saúde, educação, segurança, justiça, transporte, esporte, lazer, cultura e sobretudo ainda é alienada de sua ancestralidade, por meio do racismo institucional, que ocupa diversos níveis tanto no setor público quanto no privado, vide as constantes tentativas de implementação da lei 10.639/03 e da portaria nº 992, de 13 de maio de 2009.
A população negra é a maior vítima da violência nas periferias brasileiras, sobretudo da praticada pelo estado, tanto na área da segurança pública, vide os autos de infração e o extermínio da juventude negra, a juventude negra é a maior vítima de homicídios em nosso país. Segundo a Anistia Internacional, dos 56 mil homicídios que ocorrem por ano no Brasil, mais da metade são entre os jovens e 77% são negros e pardos, quanto da saúde, pois as mulheres negras costumam receber em média menos tempo de atendimento médico que mulheres brancas e que compõem 60% das vítimas da mortalidade materna no Brasil. Além disso, somente 27% das mulheres negras tiveram acompanhamento durante o parto segundo a pesquisa do ministério da saúde, ao contrário dos 46,2% das mulheres brancas; e 62,5% das mulheres negras receberam orientações sobre a importância do aleitamento materno, preteridas em favor dos 77% das mulheres brancas. O próprio estado admite o racismo institucional e a omissão no atendimento a população negra.
A chama da luta, inspirada por Zumbi dos Palmares (“abatido” em 20 de novembro de 1695) nunca pode se apagar, pois ainda temos um considerável caminho na questão do espaço das negras e negros na mídia, no judiciário, no legislativo, no executivo, além de tantas outras plataformas político- institucionais, de luta cotidiana contra o racismo, discriminação, xenofobia e intolerâncias correlatas.
Algumas reflexões:
Para Saber Mais:
GELEDES
NEGRO BELCHIOR
SEMIDH
SEPPIR PR
PALMARES
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