quinta-feira, 27 de novembro de 2014
terça-feira, 25 de novembro de 2014
quarta-feira, 19 de novembro de 2014
quinta-feira, 13 de novembro de 2014
Espetáculo trata da criação do ser-humano por meio de mitos africanos | “Tradição Viva” Espetáculo musical celebra a Semana da Consciência Negra
"O homem é o universo em miniatura”. A partir desta frase, a companhia Foli Ayê cria seu trabalho de estreia, “Tradição Viva”, espetáculo musical sobre a história da criação do ser-humano segundo a tradição Bambara do Komo (povos do sul do Saara, antiga Barfur) e sobre a criação do planta Terra, por meio itans (mitos) dos Yorubás. Em curta temporada, a peça será apresentada entre os dias 21 a 23 de novembro, às 21 horas, na sexta e no sábado, e às 20 horas no domingo, e marca o contexto de comemoração da Semana da Consciência Negra.A tradição do Komo vem dos povos que hoje habitam a República do Mali, país africano ocupante da África Ocidental, cujas fortes influências fincaram raízes no Brasil depois da diáspora africana. Ao longo da peça, o mito traduz o nascimento e as funções tradicionais dos orixás, recriando a concepção das religiões de matrizes africanas no Brasil.
Com texto que encanta crianças e adultos, os personagens desses mitos serão representados por bonecos e traduzem o ofício dos griôs, sábios contadores de histórias, conhecidos pela perpetuação da tradição oral. Música, dança, artes visuais, projeções e outros recursos se alinham para uma recriação lúdica da criação do planeta Terra e do homem sob a ótica dos africanos da tradição Bambara e dos povos Yorubás. A ideia do grupo é utilizar a montagem como referência para o povo brasileiro, compartilhando os conhecimentos e saberes tradicionais africanos e justificando a autenticidade cultural dos descendentes dos negros escravizados no Brasil que, em sua maioria, vieram desta região.No mito, Maa-Ngala, o Deus-Mestre, criou vinte seres, que constituíram o conjunto do universo. Na imagem dessas vinte primeiras criaturas, Maa-Ngala notou que nenhuma estava apta a tornar-se seu interlocutor. Então, recolheu um pedaço de cada uma das criaturas, misturou tudo e criou o vigésimo primeiro ser – o homem – e deu o nome de Maa. Se Maa-Ngala era Deus, Maa era o homem, um ser que ganhou um corpo especial, vertical e simétrico, com um pouco de cada um dos outros seres existentes.Conta-se também sobre o aparecimento das divindades Oxalá (ou Obatalá), deus da criação que instalou o seu reino em Ifé, lugar sagrado dos yorubás. Fala-se que Obatalá tinha um irmão mais jovem chamado Oduduwa, que ambicionava executar as tarefas que Olòdùmarè confiou a Obatalá e, para tanto, armou uma cilada, provocando muita sede em Obatalá, que se encontrava bastante cansado da viagem. Ao se aproximar de uma palmeira, usando seu cajado, furou a dita palmeira e bebeu o emu (vinho de palma) que jorrava. Exausto embriagou-se rapidamente e ali mesmo deitou e adormeceu. Oduduwa, que vinha de espreita na retaguarda, passou à sua frente, e tornou-se fundador dos povos yorubás.O musical “Tradição Viva” traz grande amparo na musicalidade original dos tambores Malinké e Yorubás, somando os recursos da sonoplastia e execução de trilha sonora ao vivo com instrumentos de corda, sopro e percussão que encontram-se em conexão com os elementos terra, ar e água abordados no referido mito.O texto do espetáculo, de autoria de Nãnan Matos, com a colaboração do diretor de cena e dos bonequeiros, é construído a partir de um diálogo entre o velho sábio Neco e a jovem Aroni, interlocutora que aprende um pouco da história de suas raízes africanas, através da contação de histórias e de danças e músicas compostas especialmente para o espetáculo. A peça apresenta ao público um diálogo entre a cultura afro-brasileira e as culturas africanas, como forma de resgate das tradições ancestrais e de fortalecimento dos fundamentos e saberes populares dos povos que formaram a identidade brasileira.Sob a direção de Abaetê Queiroz, o espetáculo conta com os bonequeiros Fabiola Resende e Thiago Francisco e os dançarinos Louise Lucena e Rafael Portela no elenco. A direção musical de “A Tradição Viva” é de Nãnan Matos, que é acompanhada, em cena, pelos músicos André Costa, Diogo Cerrado, Dani Neri e Felipe Fiúza. A concepção e criação dos arranjos musicais são do músico paulista André Ricardo. A preparação corporal, contextualizada nos movimentos africanos dos povos do oeste e dos yorubás tem parceria e consultoria de Luciane Ramos (SP).
A tradição Bambara do Komo confere extrema importância à kuma (palavra), atribuindo a ela não só um poder criador, mas também a dupla função de “conservar” e “destruir” a tradição, sendo a fala, por excelência, o grande agente ativo da magia africana. A concepção do projeto tem como ponto forte a valorização da transmissão de conhecimentos através da linguagem oral, forma tradicional e popular de compreensão cultural.
Assim como no Brasil, um dos grandes desafios africanos hoje é o de integração das populações mais jovens aos costumes e saberes ancestrais. Os modelos europeus colonizadores colocaram em contraponto o cartesianismo, modo particular de “pensar o mundo” e o animismo, modo particular de vivê-lo e experimentá-lo, na totalidade do ser, criando um abismo cultural entre o que se foi e o que se é.O musical foi contemplado no edital de Montagem de Espetáculos do Fundo de Apoio à Cultura do Governo do Distrito Federal – FAC/DF. Pela estreia, o espetáculo circulará com apresentações no Plano Piloto e na Ceilândia e conta, ainda, com tradução simultânea para a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), em sessão especial.Ficha TécnicaConcepção, Direção Musical e Texto: Nãnan Matos
Direção de Cena e Iluminação: Abaetê Queiroz
Bonequeiros: Fabíola Resende e Thiago Francisco
Dançarinos: Louise Lucena e Rafael Portela
Arranjos e produção musical: André Ricardo
Músicos: André Costa, Dani Neri, Diogo Sousa, Felipe Fiúza e Nãnan Matos
Consultoria e preparação Corporal: Luciane RamosSonorização: AudioProOperador de Som: Victor Valentim
Produção Executiva: Alessandra RosaProdução Artística: Naimê França
Cenário e Figurino: Cyntia Carla
Assessoria de Comunicação: Um Nome ComunicaçãoIdentidade Visual: Prila Paiva
Realização: Grupo Foli Ayê e Fundo de Apoio à Cultura do Governo do Distrito FederalServiço – Tradição VivaData: 21 a 23 de novembro de 2014Horário: sexta e sábado às 21h e domingo às 20hLocal: Teatro Plínio Marcos – Complexo Cultural da Funarte (Via Eixo Monumental, Lote II, Setor Divulgação Cultural - Brasília, DFClassificação indicativa: LivreDuração: 90 minutosCapacidade: 542 lugaresInformações: (61) 3322-2076Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia)
quinta-feira, 6 de novembro de 2014
Audiência Pública sobre a Doença Falciforme | 10 de novembro de 2014 ás 8h30 na CDH do Senado Federal
A Comissão Permanente de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado Federal, com fundamento no disposto no art. 93, inciso II, do Regimento Interno do Senado Federal, convida vossa senhoria para a Audiência Pública nesta Comissão de Direitos Humanos para debater o seguinte tema: “Saúde da População Negra (Doença Falciforme) e a dignidade da pessoa ( tratamento e seguridade social )” a realizar-se dia 10 de novembro de 2014 ás 8h30 na CDH do Senado Federal.DOENÇA FALCIFORME NO DFA doença falciforme tem relevante presença na população brasileira. No país, estima-se que nasçam por ano cerca de 3.500 crianças com doença falciforme e 200 mil portadores do traço falciforme.Desde 2005, o governo brasileiro instituiu no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) as Diretrizes para a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doença Falciforme e outras Hemoglobinopatias, por meio da Portaria GM/MS nº 1391. O objetivo é promover tratamento de qualidade que proporcione vida longa às pessoas, reduzindo as crises e internações. As ações para implementação da Política são executadas pelos estados, Distrito Federal e municípios, respeitando o princípio da descentralização do SUS. No DF a coordenação desta Política fica à cargo da FHB.A SESDF realizou o 1º Cadastramento de Pessoas com Doença Falciforme do estado, lançado no dia 13 de maio DE 2013 em parceria com a Secretaria Especial da Promoção da Igualdade Racial do Distrito Federal (SEPIR-DF), a Associação Brasiliense de Pessoas com Doença Falciforme (ABRADFAL), Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) e a Universidade de Brasília (UNB).O cadastramento (ainda em finalização) possibilitou conhecer Quem Somos, Onde Estamos e Quantos Somos as Pessoas com Doença Falciforme no Distrito Federal, proporcionando um melhor planejamento da atenção integral a saúde, e que teve como desdobramento a Publicação da Portaria nº 292, de 31 de outubro de 2013. A referida Portaria institui a Atenção Integral ás Pessoas com Doença Falciforme no âmbito do Distrito Federal.DOENÇA FALCIFORME NO ROLL DE DOENÇAS PASSÍVEIS DE TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEAO Núcleo Integração de Saúde e Cidadania manifesta-se a favor da publicação da portaria do Ministério da Saúde que incluirá a Doença Falciforme no roll de doenças passíveis de transplante de medula óssea. Tal iniciativa tem consensos favoráveis da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea e da Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, além de uma moção de apoio do Conselho Nacional de Saúde no ano de 2012.
Acreditamos que as discussões sobre o tema foram feitas exaustivamente pelos especialistas e demais interessados, sendo assim, estamos á disposição da Associação Brasiliense de Pessoas com Doença Falciforme para apoiar quaisquer iniciativas que contribuam para a assistência à saúde das pessoas com doença falciforme no âmbito do Distrito Federal e Entorno.Participe deste momento!
Para Saber Mais: Site da ABRADFAL
segunda-feira, 3 de novembro de 2014
Dossiê "Raça, Ciência e Gênero", Saúde e Escravidão em pauta na Revista da ABPN, Vol. 6, No 14 (2014)
A Associação Brasileira dos Pesquisadores (as) Negros (as) lançou em outubro uma nova edição da Revista da ABPN, apresentando um novo Dossiê temático "Raça, Ciência e Gênero", organizado pelas pesquisadoras Christiane Maria Cruz de Souza (IFBA), Lina Maria Brandão de Aras (UFBA) e Maria Renilda Barreto (CEFET-RJ), composto por dez artigos distribuídos em quatro temas: Saúde, escravidão e abolição; Raça, políticas públicas e assistência materno-infantil; Doenças e especialidades de mulheres; e Mulheres e profissões.Os artigos são resultados de estudos realizados por pesquisadores/as nacionais e internacionais entre os anos de 2012 e 2014, dos grupos de Pesquisa História da Assistência à Saúde e pelo Programa de Pós-Graduação em Relações Etnicorraciais (CEFET-RJ).
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